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Marcelo quer Maurícias na CPLP, Rangel reescreve poesia, Portas abre Europa à juventude africana e Durão pede milhões em vacinas

Ao longo de dois dias, o Eurafrican Forum discutiu novas formas de aprofundar as relações entre Europa e África. “De igual para igual” e “sem condescendências”, garantiram os oradores. O Presidente da República condescendeu ao dizer, por exemplo, que os europeus não conseguiram explicar aos “amigos africanos” que a guerra na Ucrânia é “global”. Já o ministro dos Negócios Estrangeiros apostou tudo numa nova “centralidade global” entre os dois continentes. E um ‘renovado’ Paulo Portas admitiu que o Velho Continente, “envelhecido”, precisa de imigrantes

Presidente das Ilhas Maurícias, Prithvirajsing Roopun, e o homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no Eurafrican Forum 2024, em Carcavelos
MIGUEL A. LOPES/LUSA

A Europa não conseguiu explicar aos “amigos africanos” que a invasão em larga escala da Ucrânia por forças russas, em fevereiro de 2022, desencadeou “uma guerra global”, lamentou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A Europa e África têm de atuar “em conjunto e de igual para igual” para contrariar a emergência do Indo-Pacífico, sinalizou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que sugeriu alterar os versos finais de um poema de José Tolentino Mendonça.

Os dois continentes estão “obrigados a cooperar” em matérias como as migrações e a energia, sinalizou, por sua vez, o ex-chefe da diplomacia Paulo Portas. E o antigo primeiro-ministro Durão Barroso anunciou que vai pedir à comunidade internacional mais de 8 mil milhões de euros para financiar a vacinação nos países em desenvolvimento.