À entrada do assentamento de refugiados de Nakivale, no sudoeste do Uganda, um grande cartaz saúda “os cidadãos do mundo”. Com uma área a rondar os 200 quilómetros quadrados e estabelecido há mais de seis décadas, trata-se do mais antigo e maior assentamento de África e o sexto maior do mundo, mas nos últimos anos enfrenta graves problemas, devido à progressiva redução de fundos dos doadores.
Segundo a Direção-Geral da Proteção Civil e das Operações de Ajuda Humanitária Europeias (ECHO, no acrónimo em inglês) e o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o Uganda acolhe mais de 1,5 milhões de refugiados. A maioria destes – mais de 926 mil – provém do Sudão do Sul, seguido da República Democrática do Congo (RDC, cerca de 508 mil) e, com menor expressão, Somália, Eritreia, Burundi, Ruanda, Sudão e Etiópia, entre outros.