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Nova vaga de ataques terroristas em Cabo Delgado, onde é “cada vez menos possível imaginar um futuro”

Face ao recrudescimento da violência armada na província moçambicana, há muitos a defender “linhas de diálogo” com os insurgentes. O Governo tem também de “encontrar mecanismos urgentes para gerar emprego” para os jovens, que olham para “a força das armas como um caminho de contestação contra o poder instituído”, dizem analistas ao Expresso. Mais: “É preciso que se amplie o grito de Cabo Delgado para o mundo”, a menos que a comunidade internacional esteja “à espera que a catástrofe seja gigante para poder vir dar a mão”

Cabo Delgado, Moçambique
JOHN WESSELS/AFP/Getty Images

Após um 2023 de relativa acalmia, a província de Cabo Delgado voltou nas últimas semanas a ser palco de ataques terroristas de grande envergadura. O Daesh (autoproclamado Estado Islâmico) reivindicou a autoria de vários desses ataques, sobretudo no sul da província moçambicana. As ações, em crescendo desde dezembro, têm-se traduzido em vítimas mortais e na destruição de casas, igrejas e hospitais.