Tendo como referência o Hospital de Bafatá, não há como confundir os caminhos até à rádio de que toda a gente fala. São dois quarteirões, sob o calor intenso das três da tarde, até que um portão entreaberto, cor de vinho, inaugura a entrada para um pátio onde um homem ajeita o telhado e outro nos recebe, este de tez branca e sotaque espanhol, sem mostrar intenções de falar. A voz ali é delas.
José aponta antes para dentro de portas, de onde surge uma mulher jovem e alta, de hijab preto a contrastar com o amarelo da camisola florida, e ganga nas calças. Na candura dos 26 anos, Fatumata Candé é a diretora da Rádio Mulher de Bafatá.