O porta-voz da presidência da República Centro-Africana (RCA) disse, na última semana de 2023, que o país estava a esforçar-se por diversificar as suas relações. Em concreto, Albert Yaloke Mokpeme referiu que a RCA, em guerra civil desde 2012, procurava o apoio de países como os Estados Unidos e a Rússia para treinar os seus soldados. “Os Estados Unidos também estão a oferecer à RCA a formação de soldados, tanto em solo centro-africano como em solo americano”, adiantou, citado pela Deutsche Welle.
O potencial envolvimento da empresa americana de segurança privada Bancroft sugere um interesse de Washington em reduzir a influência russa na RCA, acrescenta a emissora alemã. Ora, isto acontece numa altura em que o Grupo Wagner vive um período de turbulência interna após a morte, na queda de um avião, do seu fundador, Yevgeny Prigozhin. O ex-líder do grupo de mercenários morreu em agosto, exatamente dois meses depois de uma rebelião abortada cujo objetivo era marchar até Moscovo, em protesto contra a estratégia seguida pelo Kremlin na guerra contra a Ucrânia.