Mais de oito meses depois da erupção da guerra no Sudão sem que as iniciativas diplomáticas permitissem pôr um fim à catástrofe humanitária que se agrava, surge uma nova tentativa de chegar a uma solução. A Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD, na sigla em inglês) anunciou no fim de semana passado que o comandante do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) Mohamed Hamdan “Hemedti” Dagalo aceitou propostas para um cessar-fogo, a resolução do conflito por via do diálogo político e um encontro com o comandante das Forças Armadas Sudanesas (SAF), Abdel Fattah al-Burhan.
A luta por poder e recursos das duas fações armadas – após golpe militar em 2021 que agravou as tensões – tem levado ao declínio das condições humanitárias e ao afastamento da transição do país africano para a democracia, explica o Global Conflict Tracker.