Dois governantes suspeitos retirados das celas da Polícia Judiciária por efetivos da Guarda Nacional, confrontos entre esta força militarizada e efetivos do batalhão do Palácio Presidencial, recondução dos governantes para as celas, detenção do comandante da Guarda Nacional e de outras pessoas e ainda dois mortos. Tudo isto se passou na madrugada e manhã de 1 de dezembro na Guiné-Bissau. E, três dias depois, o anúncio da dissolução da Assembleia Nacional Popular pelo Presidente da República.
Depois de reunir o Conselho de Estado e anunciar a dissolução do Parlamento, Umaro Sissoco Embaló presidiu, na mesma segunda-feira, à reunião do Conselho de Ministros. Aos jornalistas, o Presidente anunciou que Geraldo Martins continua a chefiar o Governo, com “plenos poderes”, passando a acumular a pasta das Finanças, até ser indicado o próximo primeiro-ministro. Já o chefe de Estado acumula as funções de ministro do Interior e da Defesa.