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Nigéria: gigante africano escolhe a continuidade, adiando reformas urgentes

Bola Tinubu, candidato do partido no poder, foi declarado vencedor das presidenciais de sábado passado. O resultado das eleições mais disputadas desde 1999 apontam para a manutenção do statu quo num país com desafios económicos à escala da maior e uma das mais jovens populações do continente
Simpatizantes do partido no poder comemoram a vitória de Bola Tinubu
PIUS UTOMI EKPEI/Getty Images

Na madrugada desta quarta-feira, Bola Tinubu foi declarado vencedor das eleições presidenciais do passado fim de semana na Nigéria, com 8,79 milhões de votos (36,6%). Se é ponto assente que o que se passa em África é importante para todo o mundo, o que se passa na Nigéria é certamente importante para África.

Há pouco mais de uma semana, “The Economist” publicava um extenso trabalho sobre a Nigéria, escrito a partir de Abuja, Akure e Yola (o país é muito grande e diverso). A revista usava termos que espelham as dificuldades do país. Dizia que a Nigéria não é um Estado falhado, porém tem características de descontrolo político e de segurança que são característicos desses Estados. Além disso, anos de má gestão dos bens públicos e de falta de estratégia económica tornam a governabilidade do maior produtor africano de petróleo uma dor de cabeça, para lá dos vícios instalados.