Internacional

Coligação internacional avança com planos para criar força de paz na Ucrânia

O primeiro-ministro britânico reuniu este sábado, numa reunião virtual, os líderes de 25 países, incluindo Portugal, que irão contribuir com tropas ou meios militares para uma força de manutenção da paz na Ucrânia

CHRIS J. RATCLIFFE / POOL

Os preparativos para a constituição de uma força de manutenção de paz na Ucrânia vão avançar para uma fase operacional, anunciou este sábado o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, após uma reunião de 25 países, incluindo Portugal.

"Vamos agora passar a uma fase operacional. As nossas forças armadas reunir-se-ão esta semana, na quinta-feira, aqui no Reino Unido, para estabelecer planos fortes e sólidos para apoiar um acordo de paz e garantir a futura segurança da Ucrânia", anunciou, numa conferência de imprensa.

Segundo Starmer, "este é o momento de iniciar o debate sobre um mecanismo de gestão e controlo de um cessar-fogo total" e "paz duradoura sustentada por fortes dispositivos de segurança".

Estas garantias serão providenciadas pelo que intitulou de Coligação de Interessados ('Coalition of the Willing'), um grupo de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz com soldados ou meios militares.

Além de manter a ajuda militar à Ucrânia e de continuar as sanções económicas à Rússia para forçar Moscovo a abrir negociações de paz, Starmer disse que os participantes concordaram em acelerar o "trabalho prático para apoiar um potencial acordo".

O chefe do Governo britânico falava numa conferência de imprensa após uma reunião virtual com líderes de 25 países, entre os quais Portugal, sobre o apoio à Ucrânia e a necessidade de garantias para manter um futuro acordo de paz.

O primeiro-ministro português representou Portugal. Luís Montenegro salientou que Portugal estará ao lado dos seus aliados “para garantir a paz e a segurança hoje e no futuro”, segundo a Lusa.

Participaram igualmente na reunião vários países europeus, a Ucrânia, Canadá, Austrália e a Nova Zelândia. A União Europeia e a NATO também estiveram representados, segundo o Executivo britânico.

Keir Starmer defende que Putin terá de "ceder mais cedo ou mais tarde"

Durante a reunião virtual, o primeiro-ministro britânico alertou que os países terão de estar preparados para defender qualquer acordo de paz na Ucrânia e reforçou a necessidade de continuar a pressionar Moscovo.

"Se Putin está realmente interessado na paz, é muito simples: tem de parar os ataques bárbaros contra a Ucrânia e concordar com um cessar-fogo", afirmou, citado pelo “Guardian”.