Ninguém sabe que reféns estão vivos, quantos corpos há para trazer para casa, quantos reféns levados pelo Hamas para Gaza estão soterrados com os palestinianos que residiam nos prédios que foram bombardeados durante os quase 16 meses de guerra entre Israel e o Hamas. Um novo estudo da revista “The Lancet” mostra que as mortes em Gaza podem ser 41% superiores às que têm sido registadas pelo Ministério de Saúde controlado pelo Hamas, já que as autoridades locais não estão a conseguir manter registos diários e atualizados.
Além das mortes, cerca de dez mil pessoas estão desaparecidas, a maioria debaixo das várias ruínas de Gaza, segundo a ONU. “Quando o Hamas diz que não sabe onde estão os reféns, acredito. Não há razão para duvidar, porque seria do interesse deles apresentar uma lista o mais longa possível com reféns vivos, argumenta Gershon Baskin, diretor da Organização das Comunidades Internacionais para o Médio Oriente e negociador envolvido na libertação, em 2011, do soldado israelita Gilad Shalit do cativeiro do Hamas. Cerca de 80% dos edifícios foram bombardeados e destruídos. “As famílias das pessoas em Gaza não sabem onde estão os seus parentes. É provável que estejam debaixo do entulho, tal como alguns reféns.”