A Geórgia, que recebeu estatuto de Estado candidato à adesão à União Europeia no fim de 2023, está há um mês envolta em protestos sérios contra uma lei que obriga qualquer organização não-governamental, associação ou negócio a apresentar-se como “agente estrangeiro” caso 20% ou mais do seu orçamento provenha de financiamento não-georgiano.
A lei ainda não passou a sua terceira leitura e, depois disso, a Presidente pró-ocidental, Salome Zourabichvili, deverá vetá-la, mas todos sabem que, se o Governo quiser, a lei passa. O poder presidencial não chega para anular leis, apenas para fazê-las voltar ao Parlamento, onde, se houver maioria, serão sempre aprovadas, como acontece em Portugal, se os deputados confirmarem uma lei vetada pelo chefe de Estado.