1777: ainda Espanha
Parte do Império Espanhol, com a criação da Capitania Geral da Venezuela, as origens de Essequibo remontam, contudo, ao século XVII, quando os Países Baixos tinham três colónias na região.
1811: primeira independência
A Venezuela separa-se da Espanha e Essequibo mantém-se ligada à nova república. Em 1814, a Grã-Bretanha adquiriu a então Guiana Britânica (atual Guiana) através de um tratado com os Países Baixos.
1840: definição de fronteiras
A Inglaterra nomeia o explorador Robert Schomburgk para definir a fronteira ocidental, que ficará conhecida como a Linha Schomburgk, adicionando 30 mil milhas quadradas à Guiana. Num ano, a disputa territorial começa com a Venezuela a denunciar uma incursão britânica em seu território.
1850: acordo temporário
O Reino Unido e a Venezuela concordaram que a área de Essequibo não seria ocupada, passando a defini-la como território disputado. São 160 mil km2, a maioria de selva impenetrável.
1899: recusar o acordado
Uma sentença arbitral concede ao Reino Unido a zona em discussão, mas também essa decisão será transitória. Em 1962, a Venezuela denuncia o acordo na ONU e considera a decisão nula.
1966: pax suíça
É assinado o Acordo de Genebra, em que o Reino Unido reconhece que existe uma disputa pelo território. A Guiana conquista a independência e iniciam-se negociações diretas com a Venezuela sobre a área em discussão.
2015: ele há petróleo
A Exxon Mobil descobre uma importante reserva petrolífera na área reivindicada pela Venezuela. Dali a três anos, a Guiana processa a Venezuela perante o Tribunal Internacional de Justiça para confirmar a validade da sentença de 1899.
2023: o povo diz que sim
A 3 de dezembro, a Venezuela realiza um referendo e 95% dos eleitores são favoráveis à anexação. “Foi um dia maravilhoso”, diz Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela. Já o chefe de Estado da Guiana, Irfaan Ali, diz que “não há nada a temer”.