Alar Karis já fez investigação na área da genética molecular e biologia de desenvolvimento e foi diretor do Museu Nacional da Estónia. Em 2021, assumiu a presidência da República báltica, tendo sido o único candidato ao cargo, situação inédita desde que o país recuperou a independência.
A Estónia foi reanexada pela União Soviética em 1944 e dezenas de milhares de cidadãos foram deportados para a Sibéria e a Ásia Central. A vontade de democracia persistiu. Como explica a BBC, em 1988, uma “revolução do canto” levou um terço da população a pedir unidade nacional e autodeterminação. Passados três anos a Estónia reconquistava independência . Em 2004, aderiu à União Europeia e à NATO. Segundo a Ucrânia, já contribuiu com mais de 400 milhões de euros em apoio militar – o equivalente a mais de 1% do seu PIB.
Figura dianteira na defesa do apoio à Ucrânia, o Presidente Alar Karis esteve presente em Portugal para participar no encontro do Grupo de Arraiolos. A iniciativa foi lançada em 2003 pelo então Presidente Jorge Sampaio e junta presidentes sem poderes executivos de Estados-membros da União Europeia. Em 2025 o encontro vai decorrer na Estónia.
A Estónia contribuiu com equipamento militar e apoio financeiro à Ucrânia. A NATO diz que as potências militares ocidentais estão com dificuldade em ter equipamento e munição para enviar para a Ucrânia. Qual é o próximo passo?
Penso que ainda há munição e armamento suficiente para dar à Ucrânia. É provável que demore algum tempo a reunir este equipamento e a treinar ucranianos, porque não basta equipamento militar e sofisticado, é preciso formá-los. É o que estamos a fazer, que os outros países da NATO estão a fazer, e demora. Não é só o armamento que é importante. Espero que continuemos, e estou convencido de que vamos continuar a apoiar militarmente a Ucrânia.