Mais de 60 soldados sírios foram mortos e quase 120 ficaram feridos num ataque realizado esta quinta-feira com um drone contra uma academia militar na cidade síria de Homs, anunciou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
A organização, com sede em Londres e ativistas no país árabe, indicou que o ataque foi perpetrado durante uma cerimónia de formatura, em que estava presente o ministro da Defesa, Ali Mahmoud Abbas, ponto que não foi, no entanto, confirmado pelas autoridades sírias.
De acordo com o observatório, há, entre os mortos causados pela forte explosão, pelo menos nove civis e, entre os feridos, há dezenas em estado crítico. Todas as vítimas foram transferidas para os hospitais locais.
Informações preliminares indicavam que tinham sido mortos sete militares e havia cerca de 20 feridos no ataque, realizado logo no final da cerimónia dos cadetes.
Por sua vez, as Forças Armadas sírias confirmaram que o ataque causou "vários mártires" e "dezenas de feridos", sem que tenha sido feita, até ao momento, qualquer reivindicação de responsabilidade, segundo um comunicado publicado pelo Ministério do Interior sírio na rede social Facebook.
"Numa continuação da sua postura criminosa e do derramamento de sangue sírio, organizações terroristas apoiadas por atores internacionais bem conhecidos atacaram uma cerimónia de formatura numa academia militar em Homs", referiu a entidade na mensagem divulgada.
As instalações, segundo especificou a mesma fonte, foram atacadas com "drones que transportavam explosivos", num "ato terrorista cobarde, sem precedentes", que deixou vários civis feridos "em estado crítico", pelo que não está descartado que o saldo de mortes aumente nas próximas horas.
"Responderemos com toda a nossa força e determinação a estas organizações terroristas, onde quer que estejam, e enfatizamos que quem planeou e executou este ato criminoso será responsabilizado e pagará um preço elevado", concluiu a mensagem das Forças Armadas sírias.