No final da 15ª cimeira, que decorreu em Joanesburgo, África do Sul, na semana passada, os BRICS passaram de cinco a onze membros, estando agendada a adesão oficial dos novos seis países para 1 de janeiro de 2024. O alargamento, que era um assunto de topo de agenda advogado em primeiro lugar pela China, faz que os atuais Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul passem a contar com mais aliados para operar a “redução da dependência do dólar americano no comércio mundial” e contar com um “mundo mais polarizado” do que nunca desde o final da Guerra Fria, como eram objetivos expressos.
“Os BRICS embarcaram num novo capítulo no seu esforço de construírem um mundo justo, um mundo que seja inclusivo e próspero”, disse na ocasião o Presidente da África do Sul e anfitrião da 15ª Cimeira BRICS. “Temos consenso na primeira fase deste processo de expansão e outras fases se seguirão”, anunciou Cyril Ramaphosa.
Lula da Silva, chefe de Estado do Brasil, acrescentou, nesse mesmo dia, que os futuros países eram convidados “pelo seu peso geopolítico e não pela sua ideologia”, sugerindo a pretensão de o grupo aumentar a sua influência mundial fazendo-o também através da inclusão de quatro (dos seis novos membros) países MENA (Médio Oriente e Norte de África), a Arábia Saudita, Irão, Egito e Emirados Árabes Unidos, e assim alargando a geopolítica dos BRICS.