Foi um frente a frente tenso, fosco, atropelado e sem floreados, ainda que não tenha havido ataques pessoais graves nem insultos. Faltaram as propostas concretas. O debate entre os dois principais candidatos à presidência do Governo de Espanha nas legislativas antecipadas de 23 de julho, apresentado ao eleitorado como decisivo para convencer indecisos (700 mil, segundo estudo do instituto SigmaDos para “El Mundo”), acabou por ser interessante, apesar da confusão nas formas, das permanentes interrupções e constantes sobreposições de palavra dos intervenientes.
Pedro Sánchez, primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) e Alberto Núñez Feijóo, presidente do Partido Popular (PP, centro-direita, o maior da oposição), rivalizaram durante 108 minutos nas televisões do grupo privado Atresmedia. Realçaram méritos próprios e anatematizaram erros do adversário. A maioria das análises imediatas dos meios de comunicação não designou vencedor claro, mas a haver vantagem foi de Feijóo.