A única mulher que integra o Tribunal Superior Eleitoral brasileiro foi a primeira a votar na quarta sessão do julgamento de Jair Bolsonaro. Cármen Lúcia disse que o ex-Presidente fez um discurso em “monólogo” numa reunião com os embaixadores em julho do ano passado, e não deu oportunidade aos diplomatas presentes de colocarem questões.
Em linha com o que dissera o seu colega Benedito Gonçalves – juiz relator do processo – na passada terça-feira, Cármen Lúcia destacou a “autopromoção (e) desqualificação do Poder Judiciário” por Bolsonaro no referido encontro com os 72 diplomatas acreditados em Brasília. Um servidor público não pode usar o espaço público para “ser eleitoreiro” e fazer “achaques” contra ministros, como se não estivesse atingindo a própria instituição. “Não há democracia sem Poder Judiciário independente”, disse Carmen Lúcia