No passado domingo a tragédia era palpável na sede do partido Cidadãos (Cs, centro-direita liberal). O imenso edifício iluminado com luzes laranja parecia uma casa provincial, sombria, órfã de militantes e entusiastas, que, como é hábito em grandes competições desportivas, sentem o apelo do calor da vitória.
O certo é que a sede do Cs já parece uma capela funerária desde novembro de 2019, quando a repetição de umas legislativas o empurraram para a via do ocaso definitivo. A sua bancada encolheu de 57 deputados para dez. eram a terceira maior força do Congresso dos Deputados, decisivo para desfazer o bloco de gelo que separa as esquerdas das direitas espanholas. Foram encurralados numa irrelevância que não lhes permite levantar a cabeça.