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“A jogada de Sánchez”, a direita “infrequentável”, a ilusão Ayuso e outras sete respostas sobre as eleições em Espanha

A reconfiguração do mapa político nas eleições municipais e autonómicas de Espanha levou o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, a decretar a antecipação das legislativas de dezembro para julho, menos de 24 horas depois de conhecidos os resultados, trágicos para os seus socialistas. A derrota é clara, mas os cenários futuros ainda estão em envoltos em incerteza. Nove perguntas — e respetivas respostas — para entender o que está em causa

O primeiro-ministro espanhol a depositar o seu voto nas eleições municipais e autonómicas que acabariam por se revelar nefastas para o seu partido, o PSOE
Anadolu Agency/Getty Images

A derrota do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) nas eleições municipais e autonómicas do passado domingo foi de tal forma expressiva que as análises aos resultados já passaram da dureza dos números para o plano simbólico. Globalmente, o Partido Popular (PP, direita) foi o partido mais votado, com 31,5% dos votos, seguido pelo PSOE, com 28,18%.

É o fim do sanchismo? Da geringonça à esquerda com as várias sensibilidades, algumas delas tóxicas para muitos? O PP vai vencer com maioria absoluta as legislativas antecipadas de 23 de julho, convocadas pelo primeiro-ministro, Pedro Sanchéz, no rescaldo desta tempestade? E se não atingir essa maioria, alia-se à extrema-direita do Vox? “Sem pensar duas vezes”, diz ao Expresso o investigador português Jorge M. Fernandes, investigador do Institute of Public Goods, no Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) espanhol, em Madrid.