A derrota do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) nas eleições municipais e autonómicas do passado domingo foi de tal forma expressiva que as análises aos resultados já passaram da dureza dos números para o plano simbólico. Globalmente, o Partido Popular (PP, direita) foi o partido mais votado, com 31,5% dos votos, seguido pelo PSOE, com 28,18%.
É o fim do sanchismo? Da geringonça à esquerda com as várias sensibilidades, algumas delas tóxicas para muitos? O PP vai vencer com maioria absoluta as legislativas antecipadas de 23 de julho, convocadas pelo primeiro-ministro, Pedro Sanchéz, no rescaldo desta tempestade? E se não atingir essa maioria, alia-se à extrema-direita do Vox? “Sem pensar duas vezes”, diz ao Expresso o investigador português Jorge M. Fernandes, investigador do Institute of Public Goods, no Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) espanhol, em Madrid.