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Espanha. Extrema-direita quer ex-comunista a substituir Sánchez

Moção de censura do Vox está fadada ao fracasso. Em ano eleitoral, aponta mais para apertar o PP do que para o afastamento da esquerda

Ramón Tamanes
Quim Llenas/Getty Images

As águas da política espanhola, por hábito agitadas, estão ainda mais convulsas desde que o partido Vox (extrema-direita) anunciou uma moção de censura contra o Governo de Pedro Sánchez, assente numa coligação entre socialistas e esquerda radical. Apoiado apenas pelos seus 52 deputados (em 350), é a segunda vez nesta legislatura que o Vox, chefiado por Santiago Abascal, , sujeita o primeiro-ministro a um debate cujo propósito é derrubar o Executivo.

Falhará uma vez mais, tendo em conta as posições tomadas pelos grupos parlamentares. Sánchez e o Executivo sairão reforçados, a oposição conservadora sofrerá severo desgaste e os patrocinadores da moção obterão um importante rédito um termos de publicidade à sua marca.