Ana Orantes tinha 60 anos quando morreu, assassinada pelo marido, José Parejo, depois de décadas de agressões e insultos. No passado dia 17 de dezembro passaram 25 anos desde esse crime, cometido na localidade de Cúllar Vega, província de Granada. José, que planeou ao pormenor a sua brutal vingança, regou o corpo de Ana com gasolina e puxou-lhe fogo.
A vítima atrevera-se, duas semanas antes, a participar num programa da televisão andaluza, denunciando face às câmaras os maus-tratos que sofria às mãos de José: “Estava sempre a agarrar-me pelos cabelos, a atirar-me contra a parede. Punha-me a cara assim… não conseguia respirar, não conseguia falar, porque para ele eu nem sabia falar, era uma analfabeta, era um fardo, não valia um tostão. Foi assim durante 40 anos”.