Internacional

Eleições norte-americanas: Partido Republicano recupera maioria na Câmara de Representantes

Os republicanos garantiram esta quarta-feira a recuperação do controlo da câmara de representantes dos EUA, podendo tornar-se um obstáculo à estratégia política do Presidente Joe Biden (que já disse que está preparado para fazer compromissos)

Kevin McCarthy, a 9 de novembro, na noite eleitoral em que garantiu o lugar como líder da minoria republicana na Câmara dos Representantes
TOM BRENNER

Os republicanos garantiram na quarta-feira a recuperação do controlo da Câmara dos Representantes dos EUA. O partido pelo qual o ex-presidente Donald Trump planeia recandidatar-se em 2024 ganha assim margem de manobra para contrariar a estratégia política do Presidente Joe Biden, que logo na noite eleitoral mostrou disponibilidade para fazer acordos.

Sem hipóteses de recuperar a maioria no Senado, o Partido Republicano conseguiu uma ligeira minoria na câmara baixa do Congresso. Ainda assim, ficou muito longe da "onda vermelha" (a cor do partido) prometida por Donald Trump e vários candidatos nestas eleições intercalares.

Com alguns círculos eleitorais ainda por apurar, os republicanos atingiram na quarta-feira os 218 lugares que garantem a maioria na câmara de representantes, suficiente para criar dificuldades à agenda política de Joe Biden, nos próximos dois anos.

Com este resultado, o Congresso dos EUA regressa ao modelo de "casa dividida", com o Senado controlado pelos democratas e com a câmara de representantes liderada pelos republicanos.

O Partido Republicano não esperou pelos resultados finais para começar a escolher o líder da maioria na câmara baixa do Congresso, tendo indicado o nome de Kevin McCarthy para substituir a democrata Nancy Pelosi – que anuncia esta quinta-feira o seu futuro político, estando em cima da mesa a possibilidade de se retirar da política.

McCarthy venceu o primeiro embate - afastou o senador Rick Scott, que era apoiado por Donald Trump -- mas para ficar com o lugar de Pelosi, terá de se sujeitar a uma votação final, no início do próximo ano, onde precisará do apoio da maioria dos 435 membros da câmara de representantes.