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Sunak promete unir o Reino e o partido, mas partidos da oposição (e não só) exigem eleições antecipadas

Vozes próximas de Boris Johnson juntam-se a trabalhistas, liberais democratas e independentistas escoceses para reivindicar ida às urnas. Conservadores tentam cerrar fileiras em torno do próximo primeiro-ministro, que será nomeado pelo rei na terça-feira

Rishi Sunak à chegada à sede do Partido Conservador depois de ter sido proclamado vencedor da disputa interna pela liderança
Leon Neal/Getty Images

Rishi Sunak vai ser primeiro-ministro do Reino Unido a partir de terça-feira, o primeiro a quem Carlos III convida para formar Governo. Seguir-se-á o ritual de convites para integrar o Executivo e, até lá, especular-se-á sobre o perfil dos titulares das principais pastas e do necessário equilíbrio entre fações do Partido Conservador britânico.

É de esperar que em seguida Sunak discurse ao país à porta da residência oficial em Downing Street. Proclamado vencedor e líder do partido quando Penny Mordaunt desistiu da corrida (horas depois de Boris Johnson ter feito o mesmo, esta segunda-feira só falou ao grupo parlamentar à porta fechada e a sua única intervenção em público durou escassos 84 segundos.

A imprensa britânica relatou partes da intervenção perante os deputados, nomeadamente a ideia de que não convocará eleições antecipadas. Nisto, Sunak contraria uma exigência de toda a oposição e mesmo de alguns companheiros de partido.