Eram 11h09, horário de Angola e Portugal, quando a guarda presidencial de honra entoava o hino nacional para prestar o último tributo ao ex-chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.
A história de Eduardo dos Santos quase se confunde com a história de Angola. Arquitetou a trajetória política da ex-colónia portuguesa no contexto das Nações desde o momento em que foi designado o primeiro Ministro das Relações Exteriores após a independência do país, a 11 de novembro de 1975. Garantiu a indivisibilidade do território angolano, derrotou as forças militares do regime do apartheid, estruturou e consolidou as instituições do Estado, assinou importantes acordos históricos que constituíram os pilares daquele país africano, e deram lugar ao multipartidarismo, ao fim da guerra civil e assegurou a estabilidade política.