Desde janeiro a viver em Portugal, o jornalista, escritor, letrista e parceiro de grandes músicos brasileiros falou com o Expresso a partir do Rio de Janeiro, para o podcast “Brasileiros, que tal?”, onde esta conversa pode ser ouvida na íntegra. Aos 77 anos, garante que só faz “o que quer, sem ter de dar satisfação”. O país natal parece-lhe desencantado, à espera do pós-Bolsonaro.
Vai voltar para Lisboa?
Estou feliz em Lisboa, tem vibrações ótimas. Só estou no Rio para trabalhar duas semanas, ver a minha filha, os netos, mas o plano é voltar e ficar pelo menos até março. Lisboa dá uma tranquilidade que não há no Rio. Poder caminhar na rua a qualquer hora do dia ou da noite é das mais fundamentais das liberdades. Há mais de 50 anos que caminho pelas ruas de Lisboa e desde a primeira vez foi um imenso prazer descer a Liberdade, o Rossio e ir a pé ao rio, caminhar até Belém. Fico encantado com a beleza da arquitetura, a harmonia e a diversidade. Vivo de beleza e isso é um alimento tanto quanto o mar de Ipanema.
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