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Esta quarta-feira é o Dia D da crise política em Itália. Afinal, que se passou? E o que se segue?

Parlamento deve expressar confiança em Mario Draghi, que apresentou a demissão na semana passada. Presidente Sérgio Mattarella quer manter à frente do Executivo o antigo chefe do Banco Central Europeu

“Avante com Draghi”, lê-se no cartaz desta manifestante. Milhares de italianos, incluindo autarcas, reitores de universidades e empresários, desejam que o chefe de Governo se mantenha no cargo
Stefano Montesi/Corbis/Getty Images

No passado dia 14 de julho, Mario Draghi apresentou a renúncia perante o chefe de Estado, Sergio Mattarella. Este rejeitou-a e exortou o primeiro-ministro a apresentar-se ao Parlamento para verificar se conta ou não com uma maioria de apoio. Esta quarta-feira é o dia em que tudo se decide. A crise pode não dar em nada, conduzir a um Governo diferente ou precipitar para este outono as eleições legislativas que, em condições normais, se realizariam na primavera de 2023.

Porque se demitiu Mario Draghi?

Porque um dos partidos da “unidade nacional” que apoiava o seu Executivo, o Movimento Cinco Estrelas (M5S), formação política dos antigos indignados da crise global, negou apoio ao seu decreto-lei sobre ajudas às famílias e empresas no quadro atual de crise energética e pandémica. Numa tentativa de garantir a aprovação, o Governo associara ao diploma uma questão de confiança, o que impediu o Parlamento de aprovar emendas ao documento.