Conduz-se como se pode até uma linha da frente. Com cuidado para não se ser detetado. E seguido. De repente, na névoa amarela de uma tempestade de areia que se aproxima, um homem de bicicleta salta de trás de um arbusto e leva-nos por um caminho de terra batida de ruínas de antigas batalhas e, dali, por becos labirínticos bordejados de paredes de lama. Não há vivalma por perto. Por fim abre-se um portão. E uma porta. Uma cortina, outra porta. Outra cortina: no interior, fora de vista, uma escola. Como uma trincheira.
A trincheira da resistência aos talibãs. Em nove filas de seis, 54 raparigas assistem à aula de inglês.