Espanha e Portugal estão interessados em que a Cimeira da NATO em Madrid incorpore nos seus debates formais a segurança do flanco sul da Aliança e trabalham conjuntamente para o conseguir. Ambos os países estão diretamente influenciados pelos crescentes ventos de crise que chegam do norte de África, no Sahel, a partir de países como o Mali, o Níger, ou a República Centro Africana, onde a instabilidade política, o terrorismo jihadista, a pressão da imigração ilegal e a fome constituem sérias ameaças à segurança do sul europeu. A Aliança Atlântica, concentrada em proteger a fronteira leste com a Rússia, não parece disposta a dedicar muito tempo a este debate. "Iremos assegurar uma perspetiva de 360 graus", afirmou, ainda assim, o secretário-geral Jens Stoltenberg na sua primeira comparência perante os meios de comunicação social ao lado do presidente do Governo espanhol e anfitrião da cimeira, Pedro Sánchez.
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NATO: Espanha e Portugal trabalham para que flanco Sul seja considerado prioritário
Os países ibéricos consideram essencial uma estratégia que dê atenção à estabilidade em África e na região do Sahel. Washington está reticente em concretizar alguns destes aspetos no Novo Conceito Estratégico devido aos seus vínculos especiais com Marrocos