Internacional

Vulcão nas Canárias destrói casas e obriga a retirar 5000 pessoas. Há pelo menos oito portugueses nas zonas afetadas

Dezenas de casas foram destruídas pela lava do vulcão que continua a correr em direção ao mar na ilha de La Palma das Canárias, mas não há vítimas depois de as autoridades terem retirado mais de 5000 pessoas. Nos três municípios afetados estão pelo menos oito portugueses, garante a secretária de Estado das Comunidades

Vulcão no parque nacional de Cumbre Vieja em El Paso, na Ilha Canária de La Palma
FORTA

A situação na zona de La Palma (Espanha) afetada pela erupção que começou no domingo “é desoladora”, porque “um fluxo de lava com uma altura média de seis metros está literalmente a devorar casas, infraestruturas e culturas a caminho da costa do vale do Aridane”, explicou o presidente da ilha, Mariano Hernández Zapata, esta segunda-feira.

Há pelo menos oito portugueses nos três municípios afetados, dá conta a secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes, em declarações à RTP. Mas não há indicação de que precisem de algum tipo de ajuda, e Portugal está em permanente contacto com as autoridades locais, garantiu ainda Berta Nunes.

A autoridade máxima de La Palma confirmou que não há vítimas a lamentar, depois de mais de 5000 pessoas terem sido retiradas da zona mais atingida da ilha. Por seu lado, os meios de comunicação espanhóis avançam que cerca de 100 casas foram afetadas pela erupção na região da Cumbre Vieja.

O governo regional das Ilhas Canárias disse, através do Twitter, que não estão previstas novas evacuações nesta fase, uma vez que os fluxos de lava estão a dirigir-se “em direção ao mar”.

O Instituto de Vulcanologia das Canárias informou que a erupção inicial teve lugar no domingo pouco depois das 15h00 horas, perto do extremo sul da ilha, que tinha sofrido a sua última erupção em 1971.

A Unidade de Emergência Militar tem 67 efetivos e 30 veículos destacados em La Palma, um contingente que vai aumentar ao longo da manhã desta segunda-feira para 180 pessoas e 57 veículos, esperando-se ainda que três hidroaviões cheguem no início da tarde.

A informação foi dada esta manhã pela ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, numa entrevista na televisão Antena 3, onde acrescentou que a possibilidade de enviar algum tipo de material e pessoal especializado em gases está a ser analisada.

Como medida preventiva, foram cancelados vários voos com origem ou destino em La Gomera (uma outra ilha do arquipélago, perto de La Palma) que a companhia de transportes aéreos Binter tinha previsto para esta segunda-feira.

De acordo com especialistas, citados pela comunicação social espanhola, a atual erupção vulcânica poderá durar semanas ou mesmo meses.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, deverá visitar a área afetada esta segunda-feira, depois de ter cancelado a sua viagem a Nova Iorque para participar na Assembleia Geral da ONU.