Vários países apostam na construção de infraestruturas para produzir vacinas e terapias de RNA mensageiro (mRNA). Preocupa-o os que ainda não o fizeram?
É difícil entender o que vai na cabeça de certos líderes mundiais. Alguns nem consideram o assunto importante neste momento, o que é inacreditável. Olhe-se para Bolsonaro no Brasil. Por outro lado, a pandemia teve um efeito devastador na saúde pública, mas também na economia. Alguns desses dirigentes são muito sensíveis a esse aspeto e tenderão a pensar que os seus países não podem voltar a perder milhões e milhões de dólares e a encolher o PIB devido aos confinamentos. Tenho a certeza de que muitos querem entrar o mais depressa possível no campeonato da produção de vacinas. Até porque é certo que teremos mais pandemias no futuro.
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Derrick Rossi, fundador da Moderna, ao Expresso: “Em 42 dias a vacina anticovid estava pronta a ser testada”
Em entrevista ao Expresso, o “pai” da Moderna, empresa de biotecnologia que produz uma das duas vacinas de última geração (mRNA) contra a covid-19, revela como esta nova tecnologia dominará a medicina nos próximos dez anos. No caso do tratamento do cancro, há testes em curso, alguns em fase avançada, “da estimulação do sistema imunitário às injeções intratumorais que eliminarão o cancro”. Os resultados promissores geram interesse global, com empresas a nascer quais cogumelos, tamanha é a “vontade de ganhar dinheiro”. Será o primeiro passo em direção à imortalidade? Leia abaixo e não perca a outra parte desta conversa na edição impressa de 30 de julho de 2021