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“Esta terra também é minha.” Histórias dos muitos portugueses que estão a deixar Macau a contragosto

A pandemia e as alterações políticas na cidade estão a motivar a saída de portugueses. A terra a que chamaram casa mudou, e não foi para melhor. O retorno acontece mais cedo do que esperavam

Viajante passa diante do casino Galaxy, em Macau
Brent Lewin/Bloomberg via Getty Images

Catarina Brites Soares, em Macau

Doze mil quilómetros separam Portugal de Macau, onde vivem 131 mil portugueses, segundo registos do consulado de 2018. Destes, 2752 nasceram em Portugal. As oportunidades de trabalho, o nível de vida, a possibilidade de viajar pelo Sueste Asiático e a proximidade a diversas culturas motivaram-nos a ir para longe e por lá os mantiveram durante anos, nalguns casos décadas. Para muitos Macau é — ou era — casa.

A pandemia e as restrições de circulação associadas, o contexto sociopolítico com limitações de outra ordem, incluindo de direitos e liberdades, estão a empurrar para fora quem fez de Macau lar e aceleraram a decisão daqueles que, apesar de sempre terem pensado regressar, não queriam que fosse já. Inês Gonçalves, Cristina Nicodemes, Maria João Pires e João Basto da Silva falam ao Expresso sobre o retorno.