O ministro nigeriano da Justiça, Abubakar Malami, instruiu o Ministério Público a avançar com processos contra quem viole a decisão do Governo de suspender temporariamente o acesso à rede social Twitter no país.

A decisão de suspensão do Twitter foi anunciada esta sexta-feira, depois de aquela rede social ter eliminado uma mensagem publicada pelo presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, na qual o chefe de Estado ameaçava punir os jovens que se portem mal e tratá-los "com a linguagem que entendem".

Este sábado o ministro da Justiça pediu ao Ministério Público ação imediata contra quem viole a proibição de acesso ao Twitter na Nigéria, e de acordo com a BBC a medida visa não só cidadãos mas também empresas. Nesta decisão, o ministro Malami indicou que pretende "garantir o rápido julgamento dos infratores".

A ordem dada ao Ministério Público surge depois de as autoridades terem constatado que apesar da ordem de bloqueio (cumprida pelos provedores de acesso à Internet) continuou a haver nigerianos a aceder ao Twitter e a publicar nesta rede, nomeadamente recorrendo a VPN (ou redes privadas virtuais).

Umar Gwandu, porta-voz do ministro da Justiça, sublinhou, citado pela CNN, que "cada liberdade tem certas responsabilidades", que "nenhuma liberdade é absoluta" e "aqueles que forem presos saberão que tipo de processo os aguarda".