Internacional

Bielorrússia. Vídeo mostra jornalista a assegurar estar bem de saúde e disposto a colaborar com as autoridades

A gravação mostra o jornalista a reconhecer que são verdadeiras as acusações que o regime de Alexander Lukashenko lhe aponta, garantindo estar a ser tratado de acordo com a lei. Lei que o pode condenar a 15 anos de prisão, uma vez que está acusado de envolvimento em atividades terroristas, o que não o impede de expressar que está disposto a colaborar com as autoridades e até mesmo disponível para fazer mais confissões. Fica, naturalmente, a suspeita de que o vídeo foi gravado sob coação, até porque testemunhas que seguiam no avião alegam que Roman Protasevich admitiu, no momento da detenção, ter medo de ser executado pelo regime bielorrusso. O facto de surgir com o rosto altamente maquilhado na gravação só levanta ainda mais dúvidas sobre a espontaneidade do relato

"Roman jamais diria o que disse em frente à câmara”, assegura um ativista opositor do regime, defendendo que Protasevich pode estar a ser “torturado”. O vídeo surgiu após terem sido tornado públicas informações que davam conta de que o jornalista estava internado num hospital, em estado grave, com problemas cardíacos.

De acordo com o ministro do Interior da Bielorrúsia, Protasevich encontra-se detido numas instalações prisionais localizadas no centro de Minsk. Conhecido por ser um duro crítico do regime de Lukashenko, o jornalista foi colocado numa lista de “indíviduos envolvidos em atividades terroristas” pelo seu envolvimento nos protestos que ocorreram no ano passado.

O desvio do avião que culminou com a detenção do jornalista e ativista Roman Protasevich, em Minsk, foi uma operação dos serviços de segurança bielorrussos. Segundo testemunhas, Protasevich expressou medo de ser executado na Bielorrússia. O jornalista arrisca uma pena que pode chegar aos 15 anos de prisão.

O jornalista e ativista Roman Protasevich foi detido este domingo, em Minsk, pelos serviços secretos do regime bielorrusso, depois de o avião da Ryanair em que viajava, entre Atenas e Vilna, ter sido desviado. Num vídeo publicado na internet, Protasevich diz que se encontra bem, garante estar a ser bem tratado na prisão e nega qualquer problema de saúde, escreve a Europa Press.

Na mesma mensagem, o jornalista diz serem verdadeiras as acusações que o regime de Alexander Lukashenko lhe aponta, mas fica a suspeita de que terá sido coagido a emitir tais declarações . Protasevich assevera ainda que está a ser tratado de acordo com a lei e acrescenta que está a cooperar com a investigação, mostrando-se disponível para fazer mais confissões.