Leopoldo Eduardo López Mendoza, 50 anos, militante e cofundador, com Juan Guaidó, do partido Vontade Popular, esteve esta quarta-feira em Lisboa, onde se encontrou com deputados do PS e do PSD. Vive em Madrid desde outubro e, na véspera desta entrevista ao Expresso, o Supremo Tribunal de Justiça venezuelano declarou “procedente” um pedido de extradição a Espanha, para que cumpra o tempo que falta da “sua condenação em território venezuelano, que é de oito anos, seis meses, 25 dias e 12 horas”. López tornou-se conhecido no seu país depois de presidir ao município de Chacao, onde há uma grande comunidade de origem portuguesa. Em 2015 foi condenado a 14 anos de prisão por incitamento à violência, numa onda de protestos (entre fevereiro e maio de 2014) contra o governo de Nicolás Maduro.
Até passar “clandestinamente a fronteira para a Colômbia” — expressão usada pelas autoridades venezuelanas — a 24 de outubro de 2020, López viveu ano e meio em casa do embaixador de Espanha em Caracas, com estatuto semelhante ao de hóspede, para evitar “nova prisão” pela tentativa de golpe contra Maduro, a 30 de abril de 2019.