Está um homem descalço e de calças de ganga a olhar o mar encostado a uma casa vazia. Aceita um cigarro, sussurra um obrigado e não volta a abrir a boca. Fica ali, a olhar as águas da enorme baía de Pemba, e a deitar fumo pelo nariz, como se nada mais houvesse no mundo. Meia dúzia de passos para o lado, por um caminho que já foi alcatrão, fica uma escada de pedra que leva ao porto, lá em baixo. O vento desenha ondas brancas no mar, mas nada que faça tremer os enormes navios. O problema está em terra.
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