Exclusivo

Internacional

Portugal, os EUA e a União Europeia: com Biden, que relação será esta?

Joe Biden vai tomar posse como Presidente de um país com feridas abertas a nível interno e desafios incertos no palco internacional. A rivalidade com a China e a relação com a União Europeia estarão no centro das preocupações da nova Administração norte-americana

JIM WATSON/AFP/Getty Images

anhã de 20 de julho de 2017. Sala 2E924 do Pentágono. Jim Mattis, secretário da Defesa, Rex Tillerson, secretário de Estado, e Gary Cohn, diretor do Conselho Económico Nacional, deram início a um importante exercício de reflexão com Donald Trump. Mike Pence, vice-presidente, e o general Joseph F. Dunford Jr., chefe do Estado-maior-conjunto das Forças Armadas dos EUA, estavam presentes.

Após a tomada de posse de Donald Trump em janeiro de 2017, Mattis, Tillerson e Cohn foram ficando cada vez mais cientes e preocupados da ignorância do Presidente dos EUA sobre a história, os factos e geografia política internacional. Todos eles temiam que esta ignorância aliada ao temperamento impulsivo de Trump acabasse por criar problemas consideráveis à credibilidade e reputação dos EUA. Era apenas uma questão de tempo. A reflexão no “Tanque”, uma sala no Pentágono sem janelas e extremamente segura, onde os chefes dos vários ramos das Forças Armadas norte-americanas deliberam sobre questões muito sensíveis, era uma tentativa de estes altos funcionários começarem a educar o Presidente sobre um processo de decisão e escolha informado das opções estratégicas da sua Administração.