O presidente interino do Peru renunciou ao cargo este domingo, naquele que era o seu quinto dia no poder. Manuel Merino demitiu-se na sequência de protestos que exigiam o seu afastamento do cargo e que resultaram na morte de dois jovens em confrontos com a polícia, dos quais resultaram ainda dezenas de feridos.
"Quero tornar público para todo país que apresento minha renúncia irrevogável", declarou Merino numa mensagem transmitida pela televisão, que deu início a uma celebração imediata nas ruas de Lima.
Merino assumiu o cargo após a destituição de Martín Vizcarra, na segunda-feira, no seguimento da segunda moção de censura contra o líder da oposição. Em causa estão acusações de suborno que Vizcarra nega. O Congresso deve agora nomear um novo presidente que consiga pacificar o país.
Para evitar um vazio de poder, os 18 ministros empossados na quinta-feira por Merino continuariam no cargo. Quase todos renunciaram após a repressão policial dos manifestantes no sábado.