Há cerca de quatro anos, nas horas seguintes à vitória de Donald Trump nas presidenciais, vários americanos cumpriam um ritual matinal, saindo ainda de roupão para apanhar o jornal depositado no alpendre da casa. À medida que liam a manchete, trocavam olhares perplexos com os vizinhos, emudecidos pelo choque de frente com a realidade, intuindo que aquele seria o primeiro dia de algo novo nos Estados Unidos.
A verdade parecia insuportável para alguns, que preferiram voltar a adormecer, contribuindo para que 9 de novembro de 2016 batesse recordes de absentismo laboral em cidades como Nova Iorque, Boston ou Los Angeles, revelou, na altura, o American Federation of State, County and Municipal Employees, o maior sindicato de funcionários públicos do país.