Internacional

As imagens da homenagem e protestos pela morte de George Floyd. E a resposta de Trump, bloqueada pelo Twitter por “glorificar a violência”

Presidente norte-americano chamou “bandidos” aos manifestantes que saíram à rua em protesto pela morte, por sufoco, de George Floyd. “I Can't Breathe” (“Não Consigo Respirar”) lia-se em alguns cartazes

A tarde e a noite de 28 de maio em Minneapolis, cidade no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, ficaram marcadas por mais uma homenagem e mais um protesto. Foi o terceiro dia consecutivo de saída em massa para a rua em memória de George Floyd, um cidadão negro que morreu após o seu pescoço ter sido pressionado pelo joelho de um agente da polícia local na segunda-feira. Em alguns momentos, os manifestantes e a polícia envolveram-se em confrontos, a que se seguiram saques de lojas e objetos queimados. Uma esquadra da cidade foi incendiada.

Nos cartazes, algumas frases repetidas: “I Can't Breathe” (“Não Consigo Respirar”); “Stop Killing” (“Parem de Matar”), “Black Lives Matter” (“Vidas Negras Importam”).

O governador do estado, Tim Walz, recorreu à Guarda Nacional para travar os protestos, sem no entanto adiantar os números do contingente enviado para as ruas. “É hora de reconstruir. Reconstrua a cidade, reconstrua o nosso sistema de justiça e reconstrua a relação entre a aplicação da lei e as pessoas encarregadas de proteger. A morte de George Floyd deve levar à justiça e a uma mudança sistémica, não a mais morte e destruição”, disse Walz.

Já Donald Trump, presidente dos EUA, recorreu ao Twitter para chamar “bandidos” a todos quantos foram à rua. “Esses bandidos estão a desonrar a memória de George Floyd, e eu não deixarei isso acontecer. Acabei de falar com o governador Tim Walz e disse-lhe que o Exército está com ele o tempo todo. Qualquer dificuldade e assumiremos o controlo, mas, quando o saque começar, o tiroteio começará. Obrigado!”.

O Twitter bloqueou a mensagem de Trump, por causa da “glorificação da violência”. Já antes, num tweet ainda disponivel, o presidente norte-americano tinha escrito que os protestos se deviam a “uma total falta de liderança”. “Ou o presidente da Câmara da esquerda radical, Jacob Frey, começa a agir e coloca a cidade sob controlo, ou enviarei a Guarda Nacional e concluímos o trabalho.”