Com uma corrida aos supermercados, Milão, a capital da Lombardia que tem orgulho em ser a capital económica de Itália, como que se fecha sobre si própria.
O receio do avanço da epidemia levou a arquidiocese a comunicar que continua a realizar funerais e casamentos mas, apenas para parentes próximos, escreve a agência de notícias Ansa.
A cidade que acolhe o famoso desfile da Moda Milão murcha em plena edição da primavera 2020, para se proteger do avanço do coronavírus. O desfile da coleção da estilista portuguesa Alexandra Moura, na Semana de Moda de Milão, marcado para esta segunda-feira, foi cancelado.
A decisão integra-se no âmbito das medidas para contenção do coronavírus tomadas pelo Governo Italiano. Pouco antes da importante Mostra ter anunciado o cancelamento dos desfiles, o estilista Giorgio Armani optou por restringir o acesso ao (seu) desfile e a organização da Semana de Moda de Milão a optar pela apresentação de portas fechadas, com transmissão pelas redes sociais.
Os convidados da semana da Moda Milão neste mês de fevereiro de 2020, que assistiram ao desfile de Dolce & Gabbana, optaram por usar máscaras ‘fashion’ para se protegerem do surto de coronavírus que já fez cerca de 150 infetados em Itália.
A Lombardia, província cuja capital é Milão, é a região mais afetada do país.
A diocese de Milão tomou posição sobre a ameaça epidémica e, Monsenhor Franco Agnesi, vigário-geral da arquidiocese de Milão, considera que atendendo às atuais “circunstâncias” e à evolução do perigo de contágio por Covid-19, que também está presente no “território diocesano, sugere-se que a Comunhão Eucarística possa ser distribuída manualmente, de acordo com as normas litúrgicas em vigor”, escreve a agência de informação SIR.
Por seu lado, a Ação Católica Ambrosiana suspendeu a Assembleia diocesana prevista para este domingo: "A sucessão de notícias relacionadas ao Coronavirus Covid-19 e as recomendações das instituições amadureceram a decisão de evitar a reunião de mais de 650 delegados na Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão”, explica uma nota citada pela SIR.