Os Estados Unidos vão deixar de fornecer cães farejadores de bombas a dois países que são dos seus aliados mais importantes no Médio Oriente. Os países são a Jordânia e o Egito, e as razões têm a ver com negligência e maus-tratamentos, que recentemente levaram à morte de cinco desses cães, dois na Jordânia e três no Egito.
Segundo avança o diário americano The Wall Street Journal, citando um relatório do Inspector-Geral do Departamento de Estado (o ministério dos Negócios Estrangeiros norte-americano), a investigação que culminou na decisão agora teve origem numa denúncia. No caso da Jordânia, o maior beneficiário do programa com 61 cães, já antes tinham aparecido imagens de cães extremamente emagrecidos, com as orelhas cheias de parasitas e as unhas demasiado crescidas.
Dos dois animais que lá morreram, um terá morrido envenenado o outro não resistiu a uma insolação e as condições nos canis que se viam nas fotos eram miseráveis. Em relação ao Egito, as autoridades americanas nem sequer tiveram acesso aos cães ou aos canis onde eles se encontram, embora tenham pedido as respetivas informações médicas.
Embora quatro funcionários do departamento de Estado se encontrem na Jordânia com a função expressa de supervisionar os animais, isso não bastou para impedir as mortes, que podem levar ao fim de um programa antiterrorismo considerado importante por todas as partes.
Entre a quase centena e meia de cães farejadores de bombas fornecidos pelos EUA a diversos países, havia dez em Marrocos que já foram retirados, presume-se que por motivos semelhantes.