Internacional

Opositor ao regime chinês distinguido com Prémio Sakharov do Parlamento Europeu

O uigure Ilham Tohti foi condenado a prisão perpétua por “separatismo” na China, em 2014

FREDERIC J. BROWN/GETTY

O prémio Sakharov de direitos humanos foi esta quinta-feira atribuído pelo Parlamento Europeu ao uigure Ilham Tohti, condenado à prisão perpétua na China em 2014 por separatismo, após um polémico julgamento.

Eram também candidatos três ativistas brasileiros - incluindo a vereadora assassinada Marielle Franco - e cinco jovens quenianas que lutam contra a ablação.

Antigo professor universitário em Pequim, Ilham Tohti pertence à etnia muçulmana uigure, maioritária em Xinjiang, uma vasta região no noroeste da China atualmente está sob um forte controlo policial.

A sua nomeação ao prémio fora fortemente condenada pela China: “Ao acenar com o pretexto dos Direitos Humanos e Liberdade, o Conselho da Europa justifica um separatista que apoia a violência e o terrorismo”.

O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, batizado assim em honra do dissidente e cientista soviético Andrei Sakharov, foi estabelecido em dezembro de 1985 e presta homenagem a personalidades ou entidades que se distinguem na luta pelos direitos humanos e pela liberdade de pensamento. Em 2018 foi atribuído ao ucraniano Oleg Sentsov.