"É pedida uma extensão: para fazer o quê? Com que justificações?", questiona Amélie de Montchalin, a secretária de Estado francesa dos Assuntos Europeus, recordando que, em abril passado, o presidente francês tinha defendido um fim do prazo "claro" a 31 de outubro e que então, como agora, "é precisa clareza sobre as etapas a seguir e uma clarificação política para acabar com a incerteza tóxica". "O voto do parlamento britânico esta noite [de terça-feira] mostrou que é favorável aos objetivos do acordo, mas recusou-se a adotar um procedimento célere para se pronunciar sobre o seu conteúdo", adianta ainda Montchalin.
Na rede social Twitter, Tusk avança que vai propor aos 27 que aceitem a extensão de três meses até 31 de janeiro e sem necessidade de nova reunião de líderes em Bruxelas. Terá recebido algum tipo de luz verde de Emmanuel Macron antes de publicar o tweet? Irá o presidente francês aceitar? Uma fonte europeia acredita que sim, outra responde "vamos ver", recordando que a extensão é "flexível" e que acabará "assim que o acordo for ratificado".
Basta um país para bloquear o pedido de extensão, uma vez que a decisão tem de ser tomada por unanimidade. Mas o entendimento em Bruxelas é o de que a responsabilidade por um Brexit caótico não pode recair sobre a União Europeia, e isso implica que todos concordarão com o adiamento.