O inquérito foi realizado internamente mas o jornal norte-americano “Wall Street Journal” teve acesso ao documento e divulgou as conclusões. Um em cada três engenheiros da empresa admitiu ter sentido pressão por parte dos seus superiores para aprovar dispositivos de segurança de aeronaves que os próprios desenvolveram, e exigidos pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA).
Responderam dessa forma 29% dos engenheiros da maior fabricante de aviões e o próprio inquérito, realizado em 2016, sublinha os perigos de haver profissionais a certificar o seu próprio trabalho, notando que, “nestes casos, podem ocorrer problemas”. É feita referência a fatores de stress, principalmente o excesso de trabalho e de carga horária, tendo 80% dos inquiridos afirmado, no entanto, estar confiante de conseguir lidar com a pressão sentida.
O comité dos Transportes e Infraestruturas da Câmara dos Representantes afirmou estar a avaliar o inquérito no contexto da investigação federal em curso ao modelo Max 737 da Boeing, depois de 346 pessoas terem morrido na queda de duas aeronaves daquele modelo, num intervalo de tempo de cinco meses.
O jornal “Business Insider” afirmou ter tentado contactar tanto o comité como a FAA para obter uma reação à divulgação do inquérito, mas sem sucesso. No caso da FAA, foi adiantada apenas a informação de que ainda não houve acesso ao documento.