Na sua primeira reação oficial ao fim de semana sangrento que tomou conta dos Estados Unidos, Donald Trump disse esta segunda-feira que o país está "esmagado pelo choque e pelo sofrimento" e que é preciso condenar o racismo e as ideias de supremacia branca.
Pelo menos 29 pessoas morreram em duas situações de tiroteio este fim de semana, nove em Dayton, no Estado do Ohio, e 20 em El Paso, no Texas.
“O atirador em El Paso publicou um manifesto online que mostra que eles estava consumido pelo ódio racista. A uma só voz, a nossa nação deve condenar o racismo, o fanatismo e a supremacia branca”, disse o Presidente.
Na mesma declaração aos jornalistas na Casa Branca, Trump afirmou que está a trabalhar com o Departamento de Justiça de modo a propor uma legislação que garanta que “aqueles que cometem crimes de ódio e assassinatos em massa enfrentem a pena de morte”. Nestes casos, a sentença deve ser “célere, deliberada de forma decisiva e sem anos de atraso desnecessários".
As autoridades federais estão a tratar o caso dos tiroteios em El Paso como um crime de terrorismo interno e o Departamento de Justiça também está a considerar “seriamente” mover a acusação de crime federal de ódio e crime federal de porte de armas, sendo que ambos podem levar à pena de morte, disse o procurador-geral do distrito ocidental do Texas, John Bash, também em conferência de imprensa, citado pela CNN.
O Presidente classificou, pela primeira sem reservas, os ataques do fim de semana como “atos de terrorismo” interno mas acusou os meios de comunicação social e a internet de serem parte do problema. “Pedimos ao FBI para identificar os problemas e disponibilizámos todos os recursos que possam ser necessários para investigar e impedir crimes de ódio e terrorismo doméstico. Temos de admitir que a internet é uma avenida perigosa para as mentes radicais e distorcidas”, disse ainda o Presidente.