Horas depois da demissão de François de Rugy, Elisabeth Borne foi esta terça-feira nomeada para o seu lugar como ministra do Ambiente, um cargo que em França tem o nome de Transição Ecológica e Solidária. De Rugy demitiu-se na sequência de revelações sobre jantares faustosos que faria à custa do erário público quando era presidente da Assembleia Nacional.
Borne, que até agora estava sob a tutela do Ministério do Ambiente com a pasta dos Transportes, não assumirá a posição de ministra de Estado como o seu antecessor, revelou o jornal “Le Figaro”, citando uma fonte governamental.
No Twitter, a ministra mostrou-se “determinada a continuar este combate essencial que é a transição ecológica e solidária”, dizendo que “a confiança” do Presidente da República e do primeiro-ministro no seu trabalho é, para ela, “uma imensa honra”.
Transportes, Equipamentos e Educação
Antes de assumir a pasta dos Transportes em maio de 2017, Borne era presidente da RATP, a empresa responsável pelos transportes públicos em Paris e nos arredores da capital francesa. Anteriormente, a engenheira civil já tinha passado por outros Ministérios.
Em 1987, Borne ingressou no Ministério dos Equipamentos antes de trabalhar no Departamento Regional de Equipamentos de Île-de-France. Em 1991, foi conselheira do então ministro da Educação Nacional, Lionel Jospin, e, mais tarde, do sucessor deste, Jack Lang.
Conselheira de Jospin e chefe de gabinete de Ségolène Royal
Após um breve regresso aos Equipamentos, Borne foi nomeada conselheira para o Governo de Jospin. Do seu currículo constam, além dos Transportes, o Planeamento Urbano, a Habitação e a Cidade.
Depois de sair do Matignon, a residência oficial do primeiro-ministro francês, Borne passou pela Sociedade Nacional dos Caminhos de Ferro (SNCF), pela construtora Eiffage e pela Câmara Municipal de Paris.
Em abril de 2014, regressou ao Governo como chefe de gabinete da então ministra Ségolène Royal. Um ano mais tarde, assumiu a presidência da RATP.