A Câmara dos Representantes chumbou uma resolução de impeachment contra Donald Trump pelas declarações racistas contra quatro mulheres congressistas, conta o “The New York Times”.
Com 332 votos contra o impeachment e 95 a favor , esta resolução de Al Green, um democrata do Texas, caiu por terra e mostrou as fissuras no Partido Democrata. É que 137 dos democratas votaram contra esta intenção de Green, que contou apenas com 95 votos dos membros do seu partido.
“Com as suas declarações", explicou Al Green antes da votação, "Trump expôs o alto cargo de Presidente dos Estados Unidos ao desprezo, ridículo, vergonha e descrédito, semeou discórdia entre o povo dos EUA, demonstrou ser incapaz de ser Presidente, traiu a confiança para manifesto prejuízo do povo e cometeu um delito grave no cargo”.
De acordo com o NYT, esta é a primeira ação desta casa desde que os democratas assumiram o controlo da Câmara dos Representantes. Este tema tem dividido os centristas e mais radicais do Partido Democrata quanto à tática a traçar para derrubar Trump.
Uma das frentes que apoia o impeachment é ‘The Squad’, um grupo composto por Alexandria Ocasio-Cortez, Ayanna Pressley, Rashida Tlaib e Ilhan Omar, as quatros congressistas democratas atacadas por Trump no Twitter. “Elas querem avançar para um processo de impeachment, mas não faz sentido”, explica ao Expresso Germano Almeida, especialista em política norte-americana. “Faltam 15 meses para a eleição. O processo de impeachment é extremamente difícil de concretizar. Os democratas, que têm uma oportunidade real de impedir a reeleição de Trump, podem perder-se nesta armadilha. É isto que Nancy Pelosi está a tentar dizer a essas congressistas e a alguns pré-candidatos democratas presidenciais que defendem o mesmo.”