Pelo menos 187 pessoas, entre as quais um português, morreram após uma série de atentados terroristas no Sri Lanka, onde muitos fiéis celebravam o Domingo de Páscoa.
O Governo daquele país decretou estado de emergência e procura agora garantir a segurança de todos. Foi decretado o recolher obrigatório no país, “até nova ordem”, e o bloqueio temporário às redes sociais para impedir a difusão "de informações incorretas" e foram encerradas todas as escolas do país na segunda e terça-feira
Atentados desta magnitude não tinham tido lugar no Sri Lanka desde a guerra civil entre a guerrilha tâmil e o Governo, um conflito que durou 26 anos e terminou em 2009, e que deixou, de acordo com dados da ONU mais de 40.000 civis mortos. Mas os ataques contra minorias religiosas na ilha têm-se multiplicado nos últimos meses. Em 2018, o Governo teve de declarar estado de emergência após confrontos entre muçulmanos e budistas cingaleses com dois mortos e dezenas de detidos. No Sri Lanka a população cristã representa 7%, enquanto os budistas rondam 67%, os hindus são 15% e os muçulmanos 11%.
O Papa Francisco já condenou os atentados. “Recebi com tristeza e dor a notícia dos graves atentados que, precisamente hoje, dia de Páscoa, levaram dor e luto a igrejas e locais de encontro no Sri Lanka. Desejo manifesta a minha afetuosa proximidade às comunidades cristãs, atingidas enquanto estavam recolhidas em oração, e a todas as vítimas desta violência tão cruel”, declarou, desde a varanda central da Basílica de São Pedro, após proclamar a sua mensagem pascal. “Confio ao Senhor os que despareceram tragicamente, rezando pelos feridos e por todos os que sofrem por causa deste acontecimento dramático”, acrescentou.