Internacional

Relatório sobre a alegada interferência russa nas presidenciais norte-americanas vai ser público

O procurador-geral americano decidiu que vai tornar público o relatório da investigação esta quinta-feira

Kevin Lamarque/Reuters

O procurador-geral norte-americano William P. Barr decidiu que vai tornar público o relatório à investigação da alegada interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016. O documento deve ficar disponível ainda esta quinta-feira no site do Departamento de Justiça dos EUA.

O relatório só vai ser tornado público depois de ser consultado por congressistas norte-americanos. O documento que vai “ficar à disposição de um número limitado de congressistas” é uma cópia do relatório do procurador especial (Robert Mueller) “sem estar editado”, sendo que o texto de acesso livre vai ser divulgado com partes censuradas.

Há várias semanas que o Partido Democrata pede a William Barr que publique o relatório na íntegra, sem qualquer tipo de censura.

De acordo com o que já foi divulgado até ao momento pelo Departamento de Justiça, Mueller não chegou a uma conclusão sobre alegadas ações de Trump no sentido de obstruir a Justiça nas supostas tentativas de anular a investigação.

Barr recebeu o relatório a 22 de março. Quando, dois dias mais tarde, fez o seu resumo, o procurador-geral escreveu que a investigação de quase dois anos não concluía que tivesse havido conluio entre a equipa do então candidato presidencial Donald Trump e o Kremlin. E, apesar de Mueller não ilibar Trump no relatório, Barr inferiu igualmente não haver provas suficientes de que o Presidente norte-americano tivesse cometido o crime de obstrução à justiça.

A investigação de Mueller começou em maio de 2017 e implicou processos contra 34 pessoas, incluindo seis ex-assessores de Trump: Paul Manafort, Rick Gates, George Papadopoulos, Michael Cohen, Michael Flyn e Roger Stone, além de 26 cidadãos russos.