O procurador-geral militar do governo líbio reconhecido pela comunidade internacional, com sede em Tripoli, emitiu nesta quinta-feira um mandado de detenção contra o marechal Khalifa Haftar, que controla o leste do país e lançou uma ofensiva contra a capital líbia.

O procurador-geral militar do Governo de Acordo Nacional (GAN) ordenou a prisão de Haftar e de seis dos seus oficiais, acusados de realizar ataques aéreos contra instalações e bairros civis, segundo o documento publicado pelo gabinete de comunicação do executivo liderado pelo primeiro-ministro, Fayez al-Sarraj.

Esta decisão surge em resposta ao mandado de detenção emitido em 11 de abril pelo Exército Nacional Líbio (ENL, do marechal Haftar) contra Fayez al-Sarraj e outros responsáveis do GAN.

Desde 4 de abril, combates opõem as forças do GAN ao Exército Nacional Líbio, proclamado pelo marechal Haftar, homem forte do leste da Líbia e que quer ocupar a capital do país. Pelo menos 174 pessoas morreram e 758 ficaram feridas desde o início da ofensiva, segundo a ONU, que calcula em 18.000 o número de deslocados devido aos combates.

O emissário das Nações Unidas para a Líbia alertou hoje para uma "guerra generalizada" no país, "encorajada", segundo Ghassan Salamé, pelas divisões internacionais.